19.4.06

Depois de Rê Bordosa


Riviera, 56, fecha e deixa vazio na Paulista
AFRA BALAZINADA REPORTAGEM LOCAL
MATHEUS PICHONELLICOLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Folha de São Paulo, 19 de abril de 2006

Bar tradicional que já foi freqüentado por estrelas como Chico Buarque e Elis Regina, o Riviera fechou definitivamente suas portas e deixou um vazio numa das esquinas mais importantes de São Paulo, entre a rua da Consolação e a avenida Paulista.
O bar foi despejado do imóvel no número 2.450 há dois meses, por falta de pagamento de aluguel. Os problemas financeiros são um reflexo das mudanças ocorridas ao longo do tempo na área, como a perda de público para bares como os da Vila Madalena e a decadência da região. Segundo o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), que é dono do imóvel, o proprietário do estabelecimento não quitava as cobranças desde 1996.
Mas, em 56 anos de existência, restaram muitas histórias e lendas sobre o Riviera. A personagem Rê-Bordosa, de Angeli, por exemplo, foi inspirada numa freqüentadora do bar. Antes de ser prefeito da cidade, Jânio Quadros foi expulso do lugar pelo dono, Renato Meniscalco. De acordo com o proprietário, Jânio bebeu e arrumou confusão no local.
Mazzola, considerado um dos mais importantes atacantes do Palmeiras, foi parar no Riviera após uma derrota histórica de sua equipe para o Santos, em 1958. Ao chegar ao bar, encontrou justamente os adversários, que comemoravam a vitória. Bebeu cuba libre até de madrugada e só saiu dali com a ajuda do dono. "Lembro que ele chorava muito", disse Meniscalco, em entrevista de 2005.
A figura mais conhecida do Riviera era um garçom. Juvenal Martins, que trabalhou no estabelecimento por 30 anos, é lembrado pelos freqüentadores por sua fama de ranzinza. Numa comunidade em homenagem ao bar no site de relacionamentos Orkut, ele é descrito como "sorumbático". "Vê-lo sorrir era um acontecimento memorável. De poucas palavras, não gostava de conversar com os fregueses, evitava mesmo! Mas tinha um carisma especial. Cativava as pessoas com a sua sisudez", diz uma descrição na comunidade. Martins se aposentou em 1993 e foi morar no interior. Não há notícias dele desde então.
Também era comum as pessoas, na madrugada, subirem às mesas e declamarem poemas. O cineasta José Mojica Marins, 70, o Zé do Caixão, gostava do sanduíche de siri do Riviera. "Não sabia que ia fechar. Estou triste com a notícia", disse ele, que costumava ir ao bar com outros cineastas e também em comemorações de aniversários.
O proprietário, Renato Meniscalco, orgulhava-se de ter convivido com hippies, junkies e grunges sem precisar deixar o balcão. Ele tinha 18 anos quando se mudou a São Paulo com os pais, em 1949. Tocou o bar, junto com a mulher Ivone, até o começo deste ano. Queria deixar o estabelecimento para o filho Yuri, de dez anos. Meniscalco dizia conhecer várias Rê-Bordosas. Algumas voltavam com os filhos para mostrar o lugar onde passaram a juventude. Formado em psicologia, dizia que seu principal consultório eram as mesas de bar.
No cardápio, os lanches tinham nome de artistas. O sanduíche de queijo no pão francês se chamava Hollanda, em homenagem a Chico Buarque. Era vendido a R$ 4. Sá e Guarabira, da canção "Blue Riviera", também foram homenageados. Um dos mais procurados era o Royal, um sanduíche empanado com vários recheios.
Taxistas do ponto chamado Riviera, ao lado do bar, disseram ontem que o local estava muito sujo nos últimos tempos e quase não havia fregueses. Segundo o INSS, o ponto deve ficar desocupado por um longo tempo. O imóvel não será alugado novamente e o mais provável é que seja doado a uma instituição.
A região onde estava localizado o Riviera voltou a ficar mais valorizada com a reforma do cinema Belas Artes, que quase fechou há quatro anos, e com a instalação de um hotel. O outro lado da rua, parte "prensada" pelo sistema viário Rebouças, segue decadente. O arquiteto Roberto Loeb, que participou da reforma do Belas Artes, tem idéias para atrair novamente as pessoas para a região. "Na época da campanha pela manutenção do Belas Artes consegui encontrar interessados no bar. Mas em razão das dívidas fiscais e trabalhistas não foi para a frente". Loeb sugere que a calçada seja decorada com lustres - a rua tem diversas lojas de iluminação- e que a passagem subterrânea existente em frente ao bar e ao cinema seja palco de feiras de livros.
Já na opinião da urbanista Lucila Lacreta, do Movimento Defenda São Paulo, é difícil que o local volte a ser um "point". "A região do Riviera mudou muito, as pessoas conversavam na calçada e havia a característica do ponto de encontro na rua. Em razão do tráfego excessivo, a possibilidade de ficar na calçada acabou", diz.
Em homenagem a este ícone da boêmia paulistana o Blog decreta luto oficial de 3 dias!

11.4.06

Paraty, para mim, para todos!

Paraty II

3- Compras

- Ateliê Lúcio Cruzz – nosso predileto, coisas lindas, vários artistas. Fica na Rua Dona Geralda.

- Ateliê Paris Paraty – é de azulejos pintados, uma família francesa os confecciona. Adoramos! Os da mãe são mais clássicos, tem uma a linha com paisagens e ruas de Paraty, coleciononamos... os do filho são mais diferentes, lindíssimos, uma coisa meio primitiva... aliás, as telas dele são maravilhosas.

- Traço Atelier – Rua da Praia – compramos aí uma peça bem legal, um toco de madeira pintado com mulheres, lindo, lindo.

- Tapetes de retalho no tear, são lindos e baratos, tem em qualquer lojinha, uma boa para compra-los é uma grande que fica na Rua da Praia. Panelas de barro também, são boas e baratas.

- Camisetas – as mais bonitas na nossa opinião são as da Talismã.

- Barquinhos – são um charme. Perto do Lúcio Cruzz tem um ateliê só de barquinhos (perguntem onde fica), tem pintados e não pintados, e tem uns bem legais que são cortados ao meio para serem pendurados na parede. Temos uma coleção e como são baratinhos costumamos trazer de presente para todo mundo.

- A Casa da Cultura de Paraty, além de linda e de ter sempre eventos bacanas, tem uma loja de artesanatos maravilhosa, eles trazem o trabalho dos pescadores, de quem mora longe.

- Ateliê Ararajiba (se não me engano é este o nome), além do artesanato lindo, lindo, o dono realiza passeios ecológicos muito bacanas, vale uma conversadinha se estão animados para uma trilha no meio da mata.

4- Passeios

- Em um dos dias, alugue um barco no cais, nada de arrumar um barco grande cheio de gente, alugue um pequeno, negocie com o barqueiro para passar o dia, feche o preço. Veja bem, há que se negociar, nunca aceite o primeiro preço, a concorrência é grande. Nós pegamos sempre o mesmo, coisa de nostalgia... é o Mimi, barco do Mestre Hildo (que já se aposentou). É o mais lento de todos, vão ser ultrapassadas por todos os outros, mas isso pode ser um atrativo... e tem mais, o sobrinho dele que toca o barco não fica forçando a barra para parar nas ilhas onde ele tem trato com os donos (a maioria dos barqueiros fazem isto), ele para onde a gente pede, é simpático e na dele.

No barco, peçam uma paradinha na Ilha Sapeca, lindinha, tem uma caipirinha bacana. Umas paradas próximas a rochedos para um mergulho, uma entrada no saco de Paraty Mirim (se o tempo deixar), e outra paradinha em frente à casa do Amir Klink (somos fãs dele).

E o melhor: na volta peça para parar para comer na Ilha Catimbau, é uma das melhores comidas de Paraty, frutos do mar na plancha, o polvo é delirante e tem um prato que é um mix de todos frutos do mar, comem três pessoas sossegadas. E além da comida boa, a ilha é minúscula, de muito bom gosto, e você pode ficar comendo e nadando, o restaurante fica em um deck em cima do mar, você nada com os peixinhos... paraíso na terra.

Para o passeio de barco leve frutas e água mineral, pois assim você aguenta segurar a fome até umas 16:00 horas e então parar no Catimbau na volta para Paraty. Chegue no cais por volta das 10:00 horas. O passeio de dia todo custa por volta de R$ 80,00, se for o caso, vale a pena chamar outras pessoas (não muitas) para rachar o custo, já fizemos isto e foi bom.

- Maria Isabel – a Maria Isabel faz a melhor cachaça de Paraty, é a cachaça que dão de presente para os participantes do FLIP, muito boa. Melhor ainda é conhecer a Maria Isabel... é ela que planta a cana e faz sua cachaça. Ela é uma mulher culta, inteligente e divertida... já morou fora do país, tem muitas histórias boas... seu ateliê fica em um lugar paradisíaco, vale conhecer.

Fica a 7,4 km do trevo de Paraty em direção ao Rio de Janeiro, primeira entrada de terra à direita (depois da estrada que leva à Igreja N. Sr.a. dos Remédios no Bairro Corumbê), manter sempre à esquerda nas bifurcações, seguir mais 1,3 km. (024- 9999.9908).

- Praia de Mambucaba – indo para Angra, fica na Vila de Trabalhadores da Eletronuclear, praia maravilhosa, super limpa, com ondas gostosas. Como é a Vila, só entram 100 carros de fora por dia. Ao lado dela, em direção a Paraty, fica outra praia deliciosa, quase deserta. Na volta de Mambucaba, vale uma passada pelo Le Gite para almoçar.

- Picinguaba – fica bem antes de Paraty, ainda no estado de São Paulo, um charme, uma vila de pescadores, nós já passamos umas férias em um casa alugada lá – tem uma ceramista muito boa, peças lindas, e um cachorrão super simpático, que se chama Arthur.

- Um pouco antes de Picinguaba (indo em direção ao rio), do lado esquerdo da pista tem placas indicando a Casa da Farinha, é um moinho antigo, lindo, com uma cachoeira sensacional. Aproveite para comprar a famosa e deliciosa farinha.

- Em Paraty um dos nossos passeios prediletos é subir o Morro do Forte no fim de tarde, e então descer a rampa de pedra que fica lá em cima até a beira do mar para assistir o pôr do sol... lindo... é possível observar todas as correntes marítimas.

- Paraty Mirim – indo em direção à Sampa, vale dar uma escapadinha até Paraty Mirim, vila linda, com uma igrejinha bucólica na beira do mar.

É o suficiente para uma viagem, o resto fica por ser descoberto...

Paraty I

Nosso paraíso na terra, parada obrigatória ao menos duas vezes ao ano, recarregador das baterias. Passear por suas ruas tortas, contornando os pedaços alagados pela maré alimenta nossa alma...

Algumas dicas para curtir ao máximo a cidade:

1- Pousadas

Não reserve pousada antes, em especial fora de temporada é mais legal arrumar a pousada ao chegar lá, você entra de uma em uma e escolhe a que mais lhe agrada. Três dicas:

- Pousada Flor do Mar – muito boa e barata, quartos amplos, decoração de bom gosto, precinho super camarada. Só um aspecto a ser observado, a dona mora na pousada, assim opte pelos quartos que ficam mais próximos ao portão de entrada e não os do fundo que são próximos a casa dela, pois a família é barulhenta. Escolha entre os 4 primeiros. O café da manhã é muito bom!
Fica na Rua Fresca, 257 (tel. 24 - 33711674)

- Pousada Morro do Forte, ou Pousada Morro (fazemos confusão do nome), mas o ponto de referência é que o portão da pousada fica em frente à entrada do morro do forte. É boa e barata, o café da manhã é um pouco chutado, mas mesmo assim vale a pena. Se possível peça para ficar no quarto grande, do alto (é o quarto onde os donos moravam), é lindo e enooorme!

- Agora se quer algo muito especial e não extorsivo, a dica é o Le Gite de Indaiatiba, que agora tem até site: http://www.legitedindaiatiba.com.br/, passamos nossa lua de mel lá.
É o seguinte, fica a doze quilômetros de Paraty, sentido Angra no sertão da Graúna, é um dos melhores (senão o melhor) restaurante da região, e uma pousada paradisíaca, que não é baratinha mas também não é absurda de cara (R$ 150,00 o casal). Tem três bangalôs, que ficam no meio da mata, cada um com um caminho individual iluminado por tochas, que dá em uma cachoeira com piscina natural e sauna.Tem ainda uma raia de piscina com água de cachoeira e fundo de pedras.

O café da manhã é o ponto forte, folhado de maça francês feito na hora (assim como todos os pães), e a melhor omelete que já comemos na vida, feita com ovos caipiras.

Mesmo que não fique hospedado no Gite, fica a dica, ao menos um dia almoce por lá, chegue mais cedo, tome uma caipinha de frutas, curta a sauna e a cachoeira e depoois saboreie a comida do Olivier e Valéria (sugiro o peixe com maga e pimenta, o ravióli de taioba e de sobremesa a Tarte Tatin com sorvete de canela). É importante ressaltar que o restaurante é um pouco caro, fica na máxima “em terra de cego quem tem um olho é rei”, mas eles têm mais de um olho no quesito comida, vale a extravagância.

2- Restaurantes

Paraty tem um problema sério, tem muito estabelecimento bonitinho mas ordinário. Fuja do Café Margarida, mais fake impossível , o Kontiki (ruim e extorsivo, apesar de lindo – fica em uma ilha) e o do Hiltinho (extorsivo e nem por isso). Os seguintes restaurantes são honestos e bons:

- Punto Divino – o dono é italiano e faz uma comidinha italiana muito honesta, as massas são deliciosas, a pizza é bem boa, gostamos das saladinhas, em especial a de rúcula, que tem uma rúcula fresca, de horta. O preço é muito bom.

- La Pignata – excelente, experimente o cartoccio de espaghetti com frutos do mar (mas espere um dia de muita fome, pois a fartura é grande). O preço é honesto, a dona muito simpática, prosa boa. A noite tem pizza.

- Arpoador – a melhor moqueca sem sombra de dúvida!

- Sorveteria Miracolo – está entre os melhores sorvetes que já tomamos na vida, os de fruta, especialmente, são de fato um milagre, deliciosos. Experimente os de goiaba, coco, banana e o de coco com ameixa.

Outra dica: faça um passeio pela estrada de Cunha.. é linda! Procure pelos restaurantezinhos que tem no caminho, comidinha caseira, fogão à lenha, beira do rio... deliciosos, tem um especial que não lembramos bem o nome, mas que é fácil encontrar, fica do lado direito da estrada, na beira do Rio e tem o nome da dona, se perguntar em Paraty eles sabem, senão vale a aventura de acha-lo – prove a galinha ao molho pardo.

Nutrison

Voltei lá ontem... Aliás, adoro reuniões em locais próximos, um bom pretexto para almoçar por lá e sair triplamente feliz: primeiro porque a comida é gostosa, depois porque é saudável e por ultimo, mas não menos importante, porque é barata!

Por R$ 13,00 você tem direito a se servir a vontade no buffet, suco à vontade (feitos com água mineral) e ainda uma sobremesa de primeira. Destaque para os sorvetes artesanais, em especial o de maçã.

Muita gente torce o nariz quando se trata de comida natureba, daí o diferencial do Nutrison, que serve uma comida com gosto de caseira e que de vegetariana só tem a ausência de carne, qualquer carne. É uma comida normal - baita preconceito este nosso, como se comida vegetariana não fosse normal - mas, enfim, a lógica é esta, comida vegetariana com gosto de comida da mamãe só que sem carne!

A profusão de saladas são um capitulo a parte, muita variedade, tudo muito fresco. Saladas de grãos imperdíveis, grande variedade de frutas, granola e um gengibre em calda de açúcar (que sempre jogamos sobre a salada) que é de comer rezando.

Os quentes também são maravilhosos, sempre tem uma massa boa (o pesto é de matar), duas opções de sopa, risoles de milho verde, quibe de soja, quiches, arroz integral... Tudo muito gostoso.

Não abre aos sábados em virtude da religião dos donos que são Adventistas de Sétimo Dia. Aliás, a título de curiosidade, a informação: os Adventistas não comem carne porque acreditam que depois de mortos vão para uma espécie de paraíso onde não existe tristeza nem morte, e se não existe morte, não existe carne para comer, então eles já vão treinando aqui na terra.

É um privilégio, especialmente para quem trabalha por perto, poder usufruir no almoço de comida tão saudável e gostosa. Não deixe de ir!

Onde:
Viaduto Nove de Julho, 160 – Centro (Próximo à Câmara dos Vereadores)Metrô Anhangabaú(011) 3255-4263

Bromeliando II




Bouquet Garni

Fui apresentada ao Bouquet Garni pela prateleira de um supermercado. Um pote cheio de trouxinhas de pano – um morim amarrado com um barbante – contendo louro, manjericão, manjerona, salsa e tomilho. Eram ervas desidratadas e talvez moídas, não sei. Usei duas trouxinhas no preparo de um cabrito, retirando-as antes de servir a carne. A partir daí comecei a prestar atenção nesse bouquet tão mimoso. Encontrei um lindo, no livro Técnicas Culinárias do Le Cordon Bleu: encaixaram numa folha da parte verde do alho porro – que é mais grossa – folha de louro, galho de alecrim, de tomilho e alguns de salsa, amarrando, tal qual bouquet, com barbante. Mas outro dia, andando pelo Mercado Central de São Paulo, na Cantareira, encontrei um de beleza ímpar! Para começar não tinha jeito de bouquet. Penso que armaram assim: colocaram folhas de louro, ainda verdes, fazendo uma forração. Sobre ela, galhos e/ou folhas de alecrim, manjerona, sálvia e tomilho. Enrolaram, como a um rocambole, e amarraram com barbante. Acredito que deixaram secar em local ventilado, para evitar o mofo. Deve ser bom, deve perfumar bem os cozidos. Fico no campo do provável porque ainda não o usei. De verdade, não estou com vontade de usá-lo. Parece com um pequeno feixe da cidade de Lilipute, aquela, onde um dia Gulliver foi parar. Ou mesmo uma crisálida, que guarda a surpresa de uma futura borboleta. O Bouquet Garni é assim, misterioso na forma, mas sempre aromas latentes que chegarão à sua boca.

Bromélia Maria
Março/2006

3.4.06

Caymmi a mais perfeita personificação da preguiça, no bom sentido!

Comida Preguiçosa!

Tod@s temos dias de preguiça, dias em que não queremos fazer nadinha, quando muito assistir um filminho ou ler um livro, ou os dois... Existem também aqueles dias em que a maratona foi dura, chegamos a nossas casas podres, no pó... Nestes dias o que a gente não quer mesmo é ir para a cozinha... Sim, sempre há a possibilidade de pedir uma pizza, ou um sanduba ou comer uma fruta, ou pão velho com manteiga...

Mas também existe a comida preguiçosa! Está totalmente dentro da categoria comida honesta, é muito fácil de fazer e é gostosa... No final das contas, a gente até que se sente um pouco melhor, estamos pregad@s mas comemos boa comida!

Para ter acesso a uma comidinha boa e rápida, é importante ter sempre em casa alguns ingredientes básicos:

-ovos, massa de macarrão, azeite de boa qualidade, aceto balsâmico, nozes, amêndoas ou avelãs, uva passa, damasco seco, queijo gorgonzola, parmesão, manteiga, ervas frescas (o ideal é ter vasinhos).

Algumas de nossas receitinhas favoritas:

Ovos com tomates (receita do livro “Não é sopa” da Nina Horta)
Corte dois tomates bem maduros ao meio no sentido do comprimento, retire a parte esbranquiçada do cabo.
Unte generosamente uma frigideira anti-aderente com azeite de oliva e coloque as bandas de tomates viradas para baixo, formando quatro pétalas de uma flor, junte três dentes de alho picados grosseiramente (em pedaços grandes), tampe a frigideira e leve ao fogo baixo... Deixe o tomate cozinhar até dar uma queimadinha por baixo, quebre então dois ovos sobre o tomate, polvilhe com sal e pimenta do reino a gosto e tampe novamente a frigideira até que os ovos estejam no ponto de seu gosto – nós adoramos com a gema bem mole...
Coma com pão francês. Não se esqueça de “limpar” o fundo da frigideira com o pão, colhendo assim todo o sabor!
Se for de seu gosto junte fatias de pimentas dedo de moça ou ervas frescas!

Capelini ao limone falso
Retire da geladeira, para chegar à temperatura ambiente, um bocado de manteiga (de preferência, use sempre para cozinhar manteiga sem sal, para não interferir no sal que você vai usar na comida).
Coloque água para ferver com sal - cozinhe o capelini ao dente – cuidado, pois é muito rápido.
Despeje um boa quantidade da água quente que usou para cozinhar o macarrão sobre o recipiente que vai servi-lo para que fique aquecido. Jogue fora a água e coloque no prato pedaços da manteiga, jogue o macarrão já escorrido e quente sobre a manteiga, junte gotas de suco e raspas de limão (de preferência siciliano, mas na falta, pode ser do Taiti mesmo), misture tudo delicadamente juntando sal e pimenta do reino moída na hora a gosto.
Pra ficar metidinho sirva com uma colherada generosa de caviar (daquele falso mesmo, tipo ovas de salmão, encontradas em supermercado por um preço acessível).

Saladas simpáticas e rápidas
1- Verdes variados, queijo gorgonzola, nozes picadas, figos ou peras em fatias ou ainda uva passa ou damasco seco – molho de mostarda (mostarda dijon, limão, azeite, sal e pimenta do reino).
2- Recheie folhas de endívia com morangos ou ameixas em cubinhos, regue com um molho de creme de leite, gorgonzola, azeite e sal.
3- Tomates cereja partidos ao meio, fatias de pepino japonês, cebola em gomos, azeitonas pretas, rúcula e alface, queijo feta ou chancliche branco (sem zatar por fora) – tempere com limão, azeite, sal e pimenta do reino.
4- Rúcula, gomos de laranja sem pele e sem sementes, lascas de parmesão – molho de balsâmico com azeite – era nossa salada predileta no Tambor – só não nos lembramos se era mesmo temperada com balsâmico, mas fazemos sempre assim.
5- Beterraba crua ralada, cebola em cubinhos pequenos, salsinha e cebolinha – tempere com balsâmico, azeite, sal e pimenta do reino.
6- Cubos de pepino japonês, alho picadinho sem o germe, hortelã fresco em fatias, iogurte natural, limão, azeite, sal, pimenta do reino.

Torradas especiais
Sobrou pão velho? Tem uma maça ou uma pêra marcando na fruteira?
Corte o pão no sentido do comprimento, passe manteiga (sem sal), disponha sobre a manteiga umas fatias finas de maça ou de pêra, polvilhe com açúcar e canela. Leve ao forno até dourar... Fica uma maravilha com chá preto!
Se não tiver maça ou pêra fica maravilhoso só com manteiga, açúcar e canela.

Sopa de ervilhas
Em um dia de disposição cozinhe em panela de pressão um pacote de ervilhas secas partidas ao meio. Quando estiver cozida passe pela peneira ou bata no liquidificador, até ficar um creme. Congele em porções.
Dias de preguiça:
1. Descongele a porção de ervilhas, doure cebola e alho, junte as ervilhas, sal e pimenta!
2. Descongele as ervilhas, sal a gosto, junte uma generosa porção do queijo de sua preferência.
3. Doure cebola, junte bacon, deixe dourar... junte as ervilhas já descongeladas, sal, pimenta e salsinha!
4. Doure cebola, lingüiça calabresa curtida (sempre temos em casa, ficam penduradas pegando gosto), tomate em cubinhos, pimenta dedo de moça, creme de ervilhas!

A ervilha pode ser substituída por lentilhas ou grão de bico!

Coloque pra tocar a sua música predileta do Dorival Caymmi, e bom apetite!

Alterações no layout

Por sugestão da amiga blogueira Polyana Resende, resolvemos alterar a "cara do Blog", pois segundo Poly, é cansativo ler em páginas escuras, melhor um fundo claro!

Comida honesta em Brasília

Em nossa estadia de quase dois anos em Brasília tivemos que nos adaptar a uma nova concepção de comida honesta... não há tanta oferta como Sampa, existe muita comida desonesta, mas os honestos são honestos mesmo!

Careca
Um chinês muito legal, super honesto, muito popular, é possível comer por R$ 5,00, a comida é gostosa, porção super generosa... era uma das minhas opções de almoço ao menos uma vez por semana!

Cantuccio de Giuseppe
Um italianinho super bacana que fica no Sudoeste, molho super equilibrado, sem acidez, porções generosas, opções de combinação de carne com massa, preço justo - é um pouco mais caro que um PF, mas o restaurante é mais sofisticadinho mesmo, bom para ir no almoço e também a noite - sempre alimentava nossa alma dar uma passadinha por lá, comer a comidinha do Giuseppe, dar um dedo de prosa com ele e tomar uma taça de vinho... era nosso refúgio!

Onde: SCLSW 302 Bloco C Loja 18 (Setor Sudoeste), 34 lugares, tel.: 3343.2099

Quituart
Fica no meio do Lago Norte, no canteiro central, funciona da seguinte maneira: um grupo de moradores resolveu fazer um grande galpão com boxes, onde cada família serve sua especialidade... uma verdadeira festa gastronomica, tem de tudo e tudo é muito bom, muito caseiro, delicioso... destaques:
1- Árabe: melhor tabule que já comi, e olha que somos entendidos da iguaria!
2- Ararajuba- serve uma leitoa a pururuca perfeita, derretendo, saborosa... e também um pato ao molho de laranja... delicioso!
3- Japonês - muito bom, peixes frescos, comida feita com cuidado!
4- Paella - muito boa!

O legal é que vc pode se sentar em um restaurante e pedir um pouco da comida em cada um, depois eles te apresentam uma única conta. Maravilha passar a tarde lá, comendo e bebendo um dos melhores chopps de Brasília, da Toca do Chopp que fica lá!

Acarajé da Rosa
É quase uma franquia, tem na Asa Sul, Asa Norte e no Pier.
Nosso predileto é o da Asa Norte. A comida é boa e barata, a porção de mini acarajés é deliciosa, a casquinha de caranguejo imbatível, as moquecas muito boas... o problema fica por conta do serviço, se estiver cheio é melhor não ir, pois conseguir comida se transforma em tarefa herculea... experimente o doce de tamarindo de sobremesa!