tag:blogger.com,1999:blog-244632662024-03-12T18:56:49.666-04:00Comida Honesta (e Desonesta)Comida honesta é aquela que enche o prato, é boa e tem preço justo... integram a categoria o famoso PF, a empadinha inesquecível... o melhor boteco... a cantina com molho perfeito, massa ao dente...
O Blog incorpora ainda o outro lado da moeda: a comida desonesta! Que, ao contrário da honesta, não é boa, não enche o prato, não satisfaz a alma e, principalmente, é extorsiva... Deixa sempre na boca o gosto amargo de se sentir lesado, enganado...Comida Honesta (e Desonesta)http://www.blogger.com/profile/02740413442370545167noreply@blogger.comBlogger65125tag:blogger.com,1999:blog-24463266.post-9173944365739874542007-05-13T10:06:00.000-04:002007-05-13T10:13:26.195-04:00Sobre pé sujo<span style="color:#ff0000;"><strong>Uma super dica de nosso correspondente goiano João da Silva, desta vez sobre a definição e a higiene dos bares pé-sujo:</strong></span><br /><br />Quando se fala que um lugar é 'sujo', a gente normalmente quer dizer que o espaço público do lugar é sujo. Na verdade isso não quer dizer grgande coisa em termos de higiene. O que conta mesmo é se o espaço privado (a cozinha, depósito de ingredientes, etc) é suja ou não.<br /><br />Muitos lugares pequenos & populares mantêm o espaço público meio encardido como uma tradição e como uma forma de atrair clientes (muita gente passa ao largo dos lugares muito asseados, temendo que sejam caros demais para suas posses). O que não quer dizer que a comida seja pouco higiênica.<br /><br />Normalmente, se um lugar é bastante frequentado por gente que não é da vizinhança, sua comida vai ser asseada: o bom-senso popular rejeita rapidamente os lugares onde a comida não é higiênica. Mais ou menos como restaurantes de camioneiros na beira da estada, quando tem muitos caminhões parados na porta a comida costuma ser boa.<br /><br />Uma dica boa - costuma funcionar sempre que a aplico - é dar uma olhada atrás do balcão. O último lugar que alguém pensa em limpar num restaurante popular é atrás do balcão. Ele não é parte do espaço público, logo limpá-lo não atrai clientes; e a vigilância sanitária só se importa mesmo com a cozinha & a estocagem de alimentos.<br /><br />Então, se atrás do balcão está limpo, é porque os donos são extremamente asseados. E a comida com certeza também. Já vi muito restô menos popular (ou nada popular) onde o salão é impecável mas atrás do balcão... argh! Não como neles.Comida Honesta (e Desonesta)http://www.blogger.com/profile/02740413442370545167noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-24463266.post-79461117040533743862007-05-13T09:37:00.000-04:002007-05-13T09:43:18.525-04:00Comida Pernambucana<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqo7_nQ-RxiV50sCuFvZq6J8Fyl_-6DaHhXAdxz4LkclwjCR5FFtDHGoGAK_59Y_lXduUXdDhGGITXfsW-gWqKCZuLaT2-D8F0D1N1kt8vv1JKI7APqXfm2hCkD9Z6MQ4ZoF0LsA/s1600-h/livro.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5064040088155460114" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqo7_nQ-RxiV50sCuFvZq6J8Fyl_-6DaHhXAdxz4LkclwjCR5FFtDHGoGAK_59Y_lXduUXdDhGGITXfsW-gWqKCZuLaT2-D8F0D1N1kt8vv1JKI7APqXfm2hCkD9Z6MQ4ZoF0LsA/s400/livro.jpg" border="0" /></a> Querendo conhecer mais sobre a comida Pernambucana, vale a dica:<br /><br /><div><div></div><br /><div><strong>"Comida e Tradição receitas de família" de Nininha Carneiro da Cunha</strong></div><br /><div></div><br /><div>São 780 receitas da mais tradicional cozinha pernambucana, organizadas segundo datas comemorativas, típicas da cultura do Estado. O manuê, doce à base de mandioca, aparece nas festas juninas; o aferventado de bacalhau, preparado com maxixe, compõe a mesa da Semana Santa; enquanto o bolo do diabo, com ameixas e vinho do Porto, é uma herança da "botada", festa da época dos engenhos de cana-de-açúcar que marcava o início da colheita. O prefácio é de Gilberto Freyre. </div></div>Comida Honesta (e Desonesta)http://www.blogger.com/profile/02740413442370545167noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-24463266.post-6539100583013758622007-05-13T09:06:00.000-04:002007-05-13T09:36:47.440-04:00Mais sobre SARAPATEL<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXJKKFgF7ndJGdGD0ATNIHEbGvuRAuP8tlNWl5iefUsglOzswDd1jd9VYWk0zxzSOmYpvPFKBL6RHjvT3yCLlD69wt6KAnENQTnR4OdMi9u1WP8VLh9Jty5ybsf0uieRDm6Kip3A/s1600-h/2385709.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5064036952829334002" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXJKKFgF7ndJGdGD0ATNIHEbGvuRAuP8tlNWl5iefUsglOzswDd1jd9VYWk0zxzSOmYpvPFKBL6RHjvT3yCLlD69wt6KAnENQTnR4OdMi9u1WP8VLh9Jty5ybsf0uieRDm6Kip3A/s400/2385709.jpg" border="0" /></a> Pra quem se animou com o sarapatel, fique sabendo:<br /><br />Sarapatel é um alimento típico da culinária do Nordeste brasileiro, principalmente da Bahia. É feito com tripas e outras vísceras de porco, além do sangue coalhado e cortado em pedaços.Uma das características da iguaria é seu teor de gordura, bastante acentuado por causa da presença de pedaços de toucinho e da tripa. Durante o cozimento acrescenta-se folha de louro e uma ou duas grandes pimentas-de-cheiro inteiras. Serve-se o prato acompanhado de farinha e/ou de arroz.<br /><br />Para fazer um sarapatel:<br /><br /><strong>Ingredientes:</strong><br /></div><div align="justify"><strong></strong></div><div align="justify"></div><div align="justify"><br /></div><div align="justify">• 1 kg de miúdos de porco (coração, fígado, rins, bucho, tripas, junto com o sangue já coagulado)</div><div align="justify">• 1 limão</div><div align="justify">• Água fervente</div><div align="justify">• 1/2 xicara (chá) de óleo</div><div align="justify">• 1 xícara (chá) de vinho tinto</div><div align="justify">• 1 cebola roxa grande picada</div><div align="justify">• 3 dentes de alho bem amassados</div><div align="justify">• 1 pimentão verde</div><div align="justify">• 1 pimentão vermelho</div><div align="justify">• Cheiro verde</div><div align="justify">• Salsinha</div><div align="justify">• Cebolinha</div><div align="justify">• Coentro</div><div align="justify">• Sal a gosto </div><div align="justify"></div><div align="justify"><br /></div><strong></strong><div align="justify"><strong>Prepare assim:</strong></div><div align="justify"><strong></strong></div><div align="justify"><strong></strong></div><div align="justify"><strong></strong></div><div align="justify">Pique todos os miúdos e esprema o suco do limão sobre eles, deixando descansar por 10 minutos. Em seguida, escalde com bastante água fervente;</div><div align="justify">Em uma panela grande, despeje o óleo e os temperos e refogue com um pouco de água;</div><div align="justify">Acrescente os miúdos de porco e o vinho tinto, resultando num cozido com caldo.</div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div>Comida Honesta (e Desonesta)http://www.blogger.com/profile/02740413442370545167noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-24463266.post-35209688024234961272007-05-13T09:03:00.000-04:002007-05-13T09:05:56.279-04:00Leite e ParraxaxáEm Recife, finalmente conhecemos o Restaurante Leite, inaugurado em 1882, é o restaurante mais tradicional de Recife, um restaurante lindo, luxuoso e nada barato, mas com uma comida impecável.<br /><br />Experimentei vários pratos, mas o que me cativou mesmo foi o sarapatel, foi a segunda vez que provei da iguaria, e desta vez entrou pra meu rol das minhas comidas preferidas, acompanhado de uma farinha quebradinha de Pernambuco... uma delícia!<br /><br />Ainda em Recife, comi novamente sarapatel, desta vez de bode, no Parraxaxá, um restaurante por quilo só de comida nordestina, muito bom e com preço bem camarada. Aproveitei para também experimentar a famosa buchada de bode, adorei, me lembrou a infância em Tocantins, quando sempre comíamos a buchada feita pela D. Ana, no ribeirão, espécie de clube da cidade em que vivia.<br /><br />Indo à Recife dê uma passadinha:<br /><br /><strong>Restaurante Leite<br /></strong>Endereço: Praça Joaquim Nabuco, 147, Santo Antônio<br /><br /><strong>Restaurante Parraxaxá<br /></strong>Rua Baltazar Pereira, 32, Boa Viagem<br />Avenida 17 de Agosto, 807, Casa ForteComida Honesta (e Desonesta)http://www.blogger.com/profile/02740413442370545167noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-24463266.post-3251955518101073682007-05-13T08:55:00.000-04:002007-05-13T09:01:40.876-04:00TAPIOCA<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLAmSgcTW5nzAToHm3oH3nUnFZ6GPSZaLDrwdLBPLWa5H1qIYx2CD9vIUhTVH9fQxwVwuKN6_HezEuudhC_wKLHXjmIeNNv0ynjD-3Z3edJGYcoruFA56wqRW8y_n8vIOcsDHxXg/s1600-h/tapioca.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5064029655679898050" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLAmSgcTW5nzAToHm3oH3nUnFZ6GPSZaLDrwdLBPLWa5H1qIYx2CD9vIUhTVH9fQxwVwuKN6_HezEuudhC_wKLHXjmIeNNv0ynjD-3Z3edJGYcoruFA56wqRW8y_n8vIOcsDHxXg/s400/tapioca.jpg" border="0" /></a> Confesso aqui que sempre achei tapioca meio besta. Quando morava em Tocantins, eram comuns os lanches da tarde com tapioca. Em Brasília, sempre fazia para as visitas que ficavam em casa, achava charmoso servir uma tapioca com queijo de coalho no café da manhã... Mas a verdade é que nunca me empolguei com a iguaria... Isso até experimentar a tapioca do Josias, em Olinda: S E N S A C I O N A L!!!<br /><br />Ele fica com outros tapioqueiros na praça principal, no centro histórico, é uma barraquinha atrás da outra, fomos com a cara da dele, limpinha, organizada, ele muito simpático... Pedimos uma cartola, tapioca recheada com queijo de coalho, banana e coco fresco, ele também coloca leite condensado, mas pedimos a nossa sem... perfeita, recheio na medida certa, a massa assadinha no ponto e quente, muito quente, massa e recheio quentes de queimar a boca da primeira à ultima dentada, deliciosa!<br /><br />Voltando para Recife, comentamos com o motorista do táxi, ele disse que todas as tapiocas da praça são igualmente boas, confesso que deu vontade de voltar para experimentar das outras, quem sabe nas próximas férias passamos um mês em Olinda experimentando um tapioca a cada dia...Comida Honesta (e Desonesta)http://www.blogger.com/profile/02740413442370545167noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-24463266.post-92140354758891599112007-05-13T08:53:00.000-04:002007-05-13T08:55:29.957-04:00Longo e tenebroso inverno 2Depois de quase dois meses sem nenhuma postagem, voltamos cheios de novidades!Comida Honesta (e Desonesta)http://www.blogger.com/profile/02740413442370545167noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-24463266.post-52829867977907962692007-02-17T15:56:00.000-04:002007-02-17T16:05:26.611-04:00Ano do Porco<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjBQ0iZjL7GnSAWPGdklLMTMISqHELqNCyS5qv7J1A0j-5GSNyOSGmHwKu5B0_1UKQ0X2BJzSIz6mnT-HlGTwzLwS-_F7GxH7IS4-9yEXpCGGUmNdLXBpRD2Aulo7Hj1kT9zcY_g/s1600-h/ano+do+porco.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5032594926808147474" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjBQ0iZjL7GnSAWPGdklLMTMISqHELqNCyS5qv7J1A0j-5GSNyOSGmHwKu5B0_1UKQ0X2BJzSIz6mnT-HlGTwzLwS-_F7GxH7IS4-9yEXpCGGUmNdLXBpRD2Aulo7Hj1kT9zcY_g/s400/ano+do+porco.jpg" border="0" /></a> Como bons porquinhos, nascidos em 1971, aproveitamos o dia hoje para uma passada na Liberdade e comemorar a entrada do ano do porco. Como na nossa cabeça o Bairro da Liberdade está diretamente ligado à comida, para não perder a viagem resolvemos conferir uma dica quente dos amigos Renato e Alexander. Fomos conhecer o honestíssimo Rog He restaurante chinês especializado em massas.<br /><br />Adoramos!!! Um restaurante pequeno, ultra limpo, ao que parece novinho e que tem como principal atração uma apresentação ao vivo da “arte de macarrão”... É o seguinte, uma das cozinhas, o pastifício, fica atrás de um vidro e o chef, um chinês grandão, faz malabarismos atrás do vidro com massa de macarrão, é incrível, uma sucessão de estica e puxa que no final acaba se transformando em macarrão!!! Exatamente, o cara faz os fios de macarrão na mão, esticando e enrolando a massa inúmeras vezes, uma loucura ficar assistindo...<br /><br />Mas o melhor é quando a massa que você viu sendo esticada chega à mesa fumegando com legumes, carne, frutos do mar... uma cumbuca enorme... e a graça continua, a massa vem com um pegador de macarrão, uma concha para o caldo e uma tesoura pra cortar o macarrão que é compridão, achei o máximo cortar macarrão com tesoura, divertidíssimo!!! <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFxerx6JF-gIHdviSWsuRg68ZVXkSB4MyRychyphenhyphencdFZ2I-AmPQSESnMOkm_x5sOsRuDfd7N-pwc8XF4Yswh2QB3BdoED7Z9jEe9_BHDDSyi0LqSrJ0crtOtc4LrqbJlzol3OM3FGA/s1600-h/ano+novo+chinês.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5032595257520629282" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFxerx6JF-gIHdviSWsuRg68ZVXkSB4MyRychyphenhyphencdFZ2I-AmPQSESnMOkm_x5sOsRuDfd7N-pwc8XF4Yswh2QB3BdoED7Z9jEe9_BHDDSyi0LqSrJ0crtOtc4LrqbJlzol3OM3FGA/s320/ano+novo+chin%C3%AAs.jpg" border="0" /></a><br /><br />A diversão continua no preço, uma porção com 15 guiozas de carne de porco (eles têm opção de guioza frito, assado e cozido, de porco, frutos do mar ou vegetais) custa R$ 12,00, a cumbuca de massa com frutos do mar, que serve tranquilamente três pessoas, custa R$ 16,00. Nossa conta, incluindo bebidas ficou em R$ 34,00 e sobrou muita comida, que levamos pra casa, pra uma boquinha noturna, pois não somos bobos nem nada!!!<br /><br />Feliz Ano Novo!!!<br /><br />Vá lá:<br />Restaurante Rong He Massa Chinesa<br />Rua da Glória, 622-A - LiberdadeComida Honesta (e Desonesta)http://www.blogger.com/profile/02740413442370545167noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-24463266.post-1171373230622332222007-02-13T08:28:00.000-04:002007-02-13T09:34:26.220-04:00Tambor<a href="http://photos1.blogger.com/x/blogger/4707/2536/1600/61782/tambor%205.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;" src="http://photos1.blogger.com/x/blogger/4707/2536/400/341933/tambor%205.jpg" border="0" alt="" /></a> Quem, como nós, ainda lamenta o fechamento <strong>do Tambor</strong>, restaurante do Chef Carlos Siffert (um de nossos restaurantes prediletos em São Paulo e, sem sombra de dúvidas, o melhor custo/benefício da categoria), tem agora a opção de matar a saudade na rotisseria que leva o mesmo nome, e que funciona na Rua Simão Alvares, em Pinheiros.<br /><br />A charmosa rotisseria, aberta em sociedade com o publicitário Oscar de Oliveira Jr. e o jornalista Ivan Masetti, serve alguns pratos para almoço em um ambiente intimista, com 12 lugares. Verdadeiro oásis nessa cidade louca... um cantinho sossegado, onde é possível comer e prosear com Oscar, um botafoguense super bom papo!<br /><br />Quando vamos, atacamos de entrada a salada de verdes com berinjela e tomates assados, uma delícia, servida em uma porção farta que dá para dividir, deixando claro para os nostálgicos que a honestidade continua a mesma de sempre!!! Não dá pra fugir do molho de tomates com laranja, que acompanha as diversas massas frescas da casa, e fica especialmente bom com o ravioli de mussarela de búfala (tal qual era servido no Tambor). <br /><br />De sobremesa, além dos doces como o crostata de damasco e o brownie, o melhor sorvete que experimentamos nos últimos tempos, de pêra, tão perfeito que virou idéia fixa, dá vontade de passar por lá todo dia só para tomar o tal do sorvete. <br /><br />E o melhor de tudo, é uma rotisseria, ou seja, dá pra levar tudo pra casa, almoçamos pensando no que vamos levar pro jantar!!!<br /><br />Rua Simão Álvares, 1018 - Vila Madalena <br />Fone: 3097-8158 - http://www.tamborcozinha.com.br <br />De terça a sábado, das 10h às 19h; domingo, das 10h às 15hComida Honesta (e Desonesta)http://www.blogger.com/profile/02740413442370545167noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-24463266.post-1171055107578606942007-02-09T17:03:00.000-04:002007-02-09T17:29:50.083-04:00Comida de resguardo<a href="http://photos1.blogger.com/x/blogger/4707/2536/1600/700067/mulher%20com%20beb%3F%3F%20antiga.jpg"><img style="cursor:pointer; cursor:hand;" src="http://photos1.blogger.com/x/blogger/4707/2536/200/243203/mulher%20com%20beb%3F%3F%20antiga.jpg" border="0" alt="" /></a><br /><br />Nos tempos da minha avó lá “no” Goiás resguardo era coisa séria, tinha para mais de um milhão de precauções a serem tomadas pela mulher parida, como por exemplo, não lavar o cabelo, não deixar os pés descobertos... Entre mitos e verdades, a mulher parida passava por uma série de cuidados para ajudar o organismo a voltar ao seu funcionamento perfeito depois do parto e também para não prejudicar o leite do rebento.<br /><br />Se por um lado o resguardo significava uma série de senões na vida da mulher, por outro era também um dos raros momentos de descanso, uma pausa na dureza do dia a dia. Em especial quando pensamos no cotidiano de uma mulher na fazenda, matando porco, fazendo lingüiça, queijo, pamonha, quitandas, limpando a casa, acendendo o fogão à lenha, quarando a roupa, ariando as panelas, cuidando dos filhos, ajudando na roça... vixe, que já tô morta de canseira só de pensar...<br /><br />Grande parte destes cuidados referia-se justamente à alimentação, mas quem pensa que sob este aspecto a mulher parida passava mal e ficava restrita a uns caldos ralos e sem gosto, se enganou redondamente... Todo um repertório de comidinhas era feito especialmente para elas, para restaurar as forças, aumentar o leite e principalmente confortar!<br /><br />Uma destas comidinhas eu gosto especialmente! Lá “no” Goiás chamamos de <strong>Galinha de Parida</strong>* e é feita mais ou menos assim:<br /><br />Refogue em pouquíssimo óleo, cebola, sal e alho, uma galinha caipira inteira**, sem pele e cortada em pedaços. À medida que a carne for grudando na panela junte um pouquinho (coisa de um copo americano) de água, mexa bem desgrudando a carne da panela e espere novamente o líquido secar e a carne grudar e assim vá repetindo a operação até que a galinha fique bronzeada – minha avó chamava este processo de pingar água.<br /><br />Quando chegar à cor bronze, junte um fundo de ave até cobrir a galinha (aproximadamente dois litros) e deixe cozinhar em fogo baixo até que as carnes comecem a se soltar dos ossos - tem gente que usa a panela de pressão, porque galinha, em geral, é muito mais dura que frango... dureza que é compensada pelo sabor... Eu, como boa goiana, prefiro deixar cozinhar lentamente em panela comum tampada.<br /><br />Quando a galinha estiver cozida, retire os ossos e deixe as carnes ferverem mais um pouco no caldo, se a quantidade de caldo estiver pouca junte mais fundo. A idéia é ficar um caldo abundante. Quando estiver pronto corrija o sal, junte um maço de cebolinha e salsinha milimetricamente cortados e desligue a panela.<br /><br />Aí vem o mais legal: em um prato fundo polvilhe um punhado de farinha de milho, um punhado de couve crua finamente picada, e a gema crua de um ovo, despeje sobre este preparado duas conchas generosas do caldo fervendo, que vai cozinhar a gema e a couve... Prontinho, tens uma generosa porção de Galinha de Parida!<br /><br />Lá “no” Goiás, em lugar de uma gema, usamos os ovinhos que retiramos de dentro da galinha, são redondinhos, só gema e vêem em cachos. Uma belezura em minha opinião, e uma crueldade sem tamanho na opinião de muita gente... Mas o fato é que são deliciosos e quando eu era criança brigava por eles... Como é um ingrediente muito difícil de encontrar por estas bandas de cá, ninguém precisa se avexar se achar cruel comer os danadinhos...<br /><br />Fala a verdade, dá até vontade de parir pra ser mimada com uma comidinha dessas...<br /><br />* No Maranhão também fazem uma galinha de parida que se parece sob muitos aspectos com esta receita goiana.<br />** na falta de galinha caipira faça com galinha de granja mesmo, não é a mesma coisa, mas fica bom também.Comida Honesta (e Desonesta)http://www.blogger.com/profile/02740413442370545167noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-24463266.post-1170245912875411152007-01-31T08:15:00.000-04:002007-01-31T08:18:32.896-04:00Mais uma da Bromélia!!!!<span style="font-size:130%;color:#990000;"><strong>cAnTiLeNa Ao MeU uRuCuM</strong></span><br /><br /><span style="color:#006600;">Meu urucum, meu urucum, lamuriava-se a mulher, quase em desatino, olhando a pequena muda que desfalecia de pouquinho, quase em gota: Meurucum... nascido do desejo de espalhar a planta por solos diversos da pátria, mãe quase gentil, que veio de longe, dos arredores de Belém do Pará, trazido por mãos que haviam plantado a mãe árvore no interior de São Paulo. Meurucum, meurucum, te vi em cachos e depois que abertos, como se de úteros retirados, me lambuzei em suas sementes, vermelhas, ritual de vida, cíclico nascimento. Meurucum, oh! Deixei-os secar, buscando o raio de luz que entra sem hora e momento, correndo com as sementes nos rastros do calor. Peguei-o em pequenas sementes, meus filhos da árvore que veio de longe. Plantei-o, tão diminutos, em terra bem fofa, esperando a força rebrotar, quebrando a película, que o separava do livre ar e crescer. Meurucum! Meurucum! Já verdes em folha, pequeninas bandeiras que acenavam a vida, replantei-o em terra larga, jardim de um prédio, todo o cuidado que merece um plantar de pequena muda. Vi-o crescer, quase em soslaio para que da vista não restasse um mal qualquer no meurucum. Com galhos secos, de arbustos e árvores, lhe fiz uma cerca, barreira para pernas e mãos alheios. Meurucum, você cresceu, completou o tamanho de uma régua de escola, estendeu suas folhas, escondendo seu galho. Meurucum, oh! incauto pé humano que não se guiou pelo sentir da fragilidade das folhas em pouca altura, muda porque pequena planta, mas vida em verbo partida pelo corte profundo em seu galho, fazendo cessar a seiva que corria já apressada. Meurucum... adeus!</span><br /><span style="color:#006600;"><div align="right"> </div><div align="right"><br />21 de abril 2002 </div><div align="right">(publicado na revista virtual O Caixote <a href="http://www.ocaixote.com.br">www.ocaixote.com.br</a>)</span></div>Comida Honesta (e Desonesta)http://www.blogger.com/profile/02740413442370545167noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-24463266.post-1166881601783625912006-12-23T09:45:00.000-04:002006-12-23T09:48:05.733-04:002007<a href="mailto:Companheir@s"><span style="font-size:130%;color:#ff6600;"><strong>Companheir@s</strong></span></a><span style="font-size:130%;color:#ff6600;"><strong>,<br /><br /><br />Um super 2007 com gosto de goiaba no pé, manga com fiapo, jabuticabas em ponto de vespa, beijo na boca, macarronada de domingo, comida de vó, comida de mãe e pai, polenta de colher, limão com sal, banho de chuva, estrelinhas de carambola, colo de amig@, arroz com feijão, farinha e ovo mole, novos amores, amores antigos, amores revisitados, pimentão pelado, chocolate quente na cama, pipoca compartilhada, cores, flores, gargalhadas, palavras do Mané, música do Chico, caju, melado, brigadeiro de colher, diversidade, amig@s em volta da mesa, banho de chuva, pé no chão, pé de moleque, suco de melancia, sopa no inverno, pão quentinho, manteiga derretida, dias de sol, cerveja gelada, boteco da esquina, empadinha com azeitona, dias preguiçosos, tempo pra tudo, tempo livre, vida a dois, vida coletiva, comida compartilhada, pimenta malagueta, rabada com agrião, moqueca de siri mole, cocada da bahia...<br /><br /><br />E pra completar, uma pitada de pó de pirlimpimpim pra te levar onde o coração pedir!!!</strong></span>Comida Honesta (e Desonesta)http://www.blogger.com/profile/02740413442370545167noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-24463266.post-1164214162593678222006-11-22T12:20:00.000-04:002006-11-22T12:50:26.353-04:00CuiabáComo ia dizendo na postagem sobre o Carijó, de Manaus, em uma das minhas idas a Cuiabá fui convidada a comer em um restaurante que até hoje me lembro com água na boca, a <strong>Peixaria Popular</strong>.<br /><br />Servem uma espécie de rodízio dos peixes da região: pacú, pintado, tambaqui... de várias formas, assados, ensopados, fritos... a refeição completa traz também banana frita, pirão, farofa de banana, saladinha. Tudo no capricho, comida boa, portentosa.<br /><br />O carro chefe da casa é a mujica de pintado (pintado cortado em cubos, feito com mandioca ao molho e acompanhado de arroz branco, banana frita, pirão e salada).<br /><br />O preço é super camarara, o problema é que a gente sai de lá rolando, não dá prá segurar a gula, é "só mais um bocadinho" que não acaba mais...<br /><br />De sobremesa peça Furrundú, doce típico da região a base de mamão verde raladinho, rapadura, gengibre e canela, DILÍCIA!!!!!!<br /><br />Fica na Av. São Sebastião, 2324 – Goiabeiras<br />Telefone: (65) 3322-5471Comida Honesta (e Desonesta)http://www.blogger.com/profile/02740413442370545167noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-24463266.post-1164196121246992842006-11-22T07:30:00.000-04:002006-11-22T12:13:13.110-04:00Mais uma de Belém<a href="http://photos1.blogger.com/blogger/4707/2536/1600/tacac??.0.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/4707/2536/400/tacac%3F%3F.0.jpg" border="0" /></a><span style="color:#006600;">Maria Helena Barata mandou mais esta super dica de Belém... um dos melhores Tacacás da cidade... aliás, prá quem nunca experimentou essa iguaria Paraense, aconselho a não perder tempo, sem nenhum exagero é uma das coisas mais saborosas que já comi... verdadeira mania entre os paraenses que sorvem o caldo toda tarde, quase que como os ingleses com o chá das 17:00 horas... </span><br /><span style="color:#006600;"></span><br /><span style="color:#006600;">Segundo Mara Sales, chef do restaurante Tordesilhas aqui em São Paulo, é uma maneira de se refrescar, pois ao sorver o caldo quente o corpo fica mais quente que o ambiente e produz uma sensação de frescor. Ela completa dizendo que quando estava em Belém ficou quase viciada no tacacá da tarde...</span><br /><span style="color:#006600;"></span><br /><span style="color:#006600;">Mas de que se trata? Bem, o tacacá é um caldo a base de tucupi (caldo da mandioca brava que é cozido para perder o veneno), onde se junta goma de mandioca, camarões secos, jambu (uma erva sensacional do Pará que amortece a lingua e dá um certo baratinho... ) e pimenta paraense, cheirosa que só ela... é servido em uma cuia linda onde o comensal bebe o líquido e pesca os camarões e o jambu com um palitinho. O resultado é marcante, perfumado, exótico, gosto de banho de rio, de calor, cheiro de mato...</span><br /><span style="color:#006600;"></span><br /><span style="color:#ff6600;"><strong>A dica da Maria Helena:</strong></span><br /><span style="color:#006600;"></span><br />O Pará é riquíssimo em termos de culinária. Os pratos típicos são o que há, mas para comê-los tem que sabê-los... rsss...<br /><br />Quando vierem aqui, o rumo certo é o <strong>"Tacacá do Quincas". </strong>Tacacá de arrepiar em qualquer dia, mas melhor mesmo é no domingo de tarde, assim quase pela boca da noite, para espantar os últimos vestigios da ressaca.<br /><br />O Tucupi é de primeirissima linha, camarões gigantescos. Pimenta? Mais ou menos goma? Tudo ao gosto do freguês. Queres saber o preço da cuia? só 5 pilas.<br /><br />Lá servem também Vatapá e Caruru daqueles de se lambuzar, também só pagas 5 boró pelo prataço. Mas atenção minha gente, são preparados de modo diferente daqueles da Bahia.<br /><br />Caro mesmo é a Maniçoba, que custa 8 mi réis. Tens que acabar de comer e sair correndo pra igreja pedir perdão pelo sacrossanto pecado da gula. Não sabem o que Maniçoba? Então, precisam vir a Belém e comer para crer. E olha que nem estou falando do bolo de Macacheira. Fica pra próxima!<br /><br />Endereço: R. Conselheiro Furtado entre 14 de março e Generalíssimo Deodoro. Esse endereço nem todo mundo conhece, só os bem iniciados, assim como o endereço de outras Tacacazeiras da pesada.Comida Honesta (e Desonesta)http://www.blogger.com/profile/02740413442370545167noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-24463266.post-1164194753830681162006-11-22T07:17:00.000-04:002006-11-22T07:25:53.846-04:00Manaus<span style="color:#6600cc;">O Blog está ficando très chic, correpondentes de primeira, gente que realmente sabe o valor de uma comidinha honesta... Desta vez a dica é do João da Silva, vulgo Adolfo, de Brasília. E a dica... fiquei doida de vontade... me lembrou um lugar que fui em Cuiabá, mas isso é assunto para outra postagem...</span><br /><br />Em Manaus, tem o peixe frito do <strong>Galo Carijó,</strong> um dos points pé-duro da cidade. Excelente (mesmo!) peixe, servido num bar de esquina, prédio velho, daqueles dos anos 40, 50. Apesar da impressão de ele ter sido lavado pela última vez na década de 50 tb, o lugar é asseado & o peixe, divino.<br /><br />Tucunaré, tambaqui, pirarucu & outros peixes menos conhecidos, todos fritos inteiros. A exceção é o pirarucu, em postas (já que inteiro não caberia na mesa, rsrsrs!).<br /><br />Vale a pena conferir, quem for a Manaus.<br /><br /><span style="color:#6600cc;">PS- aos que forem, por favor, encaminhem a esta que vos fala as impressões...</span>Comida Honesta (e Desonesta)http://www.blogger.com/profile/02740413442370545167noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-24463266.post-1163166132329319942006-11-10T09:35:00.000-04:002006-11-10T09:42:12.340-04:00Diretamente de Belém<span style="color:#ff0000;">Companheiros bons de garfo, dica quentíssima diretamente de Belém, de nossa "correspondente" <strong>Maria Helena Barata,</strong> deu água na boca...</span><br /><br />Quem passar por aqui não pode deixar de comer um caranguejo tirado na hora, bem temperado e com bastante azeite português. Acompanha uma farofinha esperta e arroz no tucupi e jambú. É de comer rezando. E o melhor, é baratinho, só 14 pilas.<br /><br />Fica na Doca, do lado do Lider. Dizendo só isso toda criatura dessa cidade te levará lá.<br /><br />Ah! Tem também um peixe semi-apimentado de lamber os beiços.<br /><br />Não contentes, ainda fazem um rodizio de sushi na hora do happy hour. Deste não posso falar nada porque aí eu passo. Não é a minha praia.<br /><br />O chopp, minha gente, custa só 1 mi réis e 50 centavos.<br /><br />Descobri semana passada. E é até bonitinho o lugar.Comida Honesta (e Desonesta)http://www.blogger.com/profile/02740413442370545167noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-24463266.post-1162868141859276702006-11-06T22:50:00.000-04:002006-11-06T23:00:16.070-04:00Selenitadas<div align="justify">Companheira inseparável de Bromélia, Selenita dá seus pulinhos e também se arrisca na cozinha, a autêntica comida de elementais!</div><div align="justify"> </div><div align="justify">...</div><div align="justify"> </div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"><strong><span style="font-size:130%;"></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-size:130%;">Salada Leprechauniana da Floresta Encantada</span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-size:130%;"></span></strong> </div><div align="justify"><strong><span style="font-size:130%;">.</span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-size:130%;"></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-size:130%;"></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-size:130%;"></span></strong></div><div align="justify"></div><div align="justify">Sempre me encantei com os Leprechauns, povinho bacana, lá das bandas da Irlanda. Pois! Não é que insistem em existir, em que pese a devassa feita pela igreja no imaginário das pessoas de lá?</div><div align="justify"> </div><div align="justify">.</div><div align="justify">Por aqui, de quando em vez, dão o ar da graça lá em casa. Eu mesma gosto muito de visitá-los na floresta em que vivem, o que faço graças a uma caixinha de pó de pirlimpimpim, que ganhei do ilustre Visconde de Sabugosa, quando tive o prazer de visitar o Sítio do Picapau Amarelo.</div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify">Pois bem, todas as pessoas sabem que Leprechauns são muito gulosos e, talvez daí, nossa grande afinidade...</div><div align="justify"></div><div align="justify"> </div><div align="justify">.<br />Assim, como forma de exaltar essa característica que nos une, decidi homenageá-los com uma receitinha de salada, inspirada na floresta em que vivem, após apreciar meu pirlimpimpim.</div><div align="justify"></div><div align="justify"> </div><div align="justify">.<br />Para isso misturei cogumelos - ou casinhas de Leprechauns - com frutinhas da floresta, furtei algumas nozes de esquilos e juntei com uma mistura de folhas que lembra bem as cores das matas... </div><div align="justify"> </div><div align="justify">.</div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify">Abuse do pó de pirlimpim e faça você também uma deliciosa Salada de Leprechaun ou Salada da Floresta Encantada. É muito fácil:</div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"> </div><div align="justify">.</div><div align="justify">Pegar uma porção de folhas variadas, com a sensibilidade que o olhar e paladar exigem - alface verde e vermelha, rúcula, agrião, radiccio, endívias, escarola - sem esquecer que se deve levar em conta a conjugação de sabores das plantas e ervas - picantes, neutras e amargas, tudo em perfeita harmonia.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">.</div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify">Escutei alguém ai perguntando quanto é uma porção. Em geral meço uma porção de salada pelo prato de sobremesa, não muito cheio, não muito vazio! Medição leprechauniana, cheia de sutilezas e adivinhações.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">.</div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify">Junte, às folhas, três ou quatro cogumelos paris frescos e crus, fatiados em lâminas, duas colheres de nozes picadas e algumas framboesas frescas (não havendo framboesas troque por amoras, bluberry ou morangos ou por um mix de todas essas frutinhas, desde que vermelhas sejam).</div><div align="justify"> </div><div align="justify">.</div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify">Para o molho - especialíssimo - junte uma colher de sopa de azeite extra virgem, duas colheres de sopa de vinagre de framboesas (encontrado em supermercados), uma colher de chá de geléia de framboesas ou uma colher de sobremesa de framboesas esmagadas, sal e pimenta a gosto... emulsione o molho e distribua sobre a salada...</div><div align="justify"></div><div align="justify"> </div><div align="justify">.<br />Os Leprechauns se regalaram com a homenagem e Visconde de Sabugosa, acho, teria orgulho de mim... </div>Comida Honesta (e Desonesta)http://www.blogger.com/profile/02740413442370545167noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-24463266.post-1161274583656948392006-10-19T11:54:00.000-04:002006-10-19T12:21:26.443-04:00Gosto de infância<a href="http://photos1.blogger.com/blogger/4707/2536/1600/DSC00556.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/4707/2536/400/DSC00556.jpg" border="0" /></a> Quando era criança e morava em Goiás, uma das grandes aventuras era furtar milho de algum milharal na vizinhança e correr para o fogão à lenha da casa de alguma amiga. Enfiávamos o milho no meio das brasas e ficávamos esperando sentadas na ponta do fogão... saía aquela espiga dourada, fumegando, ainda com vestígios de cinza... iguaria divina...<br /><br />Guardo este gosto até hoje. Quando trabalhava no centro da cidade muitas vezes descia até o Parque Dom Pedro para comprar umas espigas assadas e o almoço virava um banquete!<br /><br />Um amigo grego me contou que são muito comuns na Grécia as banquinhas na rua vendendo milho assado, é o cachorro quente de lá. Uma outra amiga me trouxe do México a foto que ilustra esta postagem, reparem no tamanho das espigas... de dar água na boca...<br /><br />Na falta do fogão a lenha, sempre aproveito churrascos para assar algumas espigas, não tem o mesmo gosto da infância, mas mata a vontade.<br /><br />Na semana passada, por conta de um compromisso de trabalho fui parar em Santo Amaro, em pleno Largo Treze, e então descobri que milho assado é uma tradição local, uma série de ambulantes vendem a iguaria, aproveitei para me fartar!<br /><br />Quem quiser conferir é só dar um pulo por lá no fim da tarde, aí é só escolher, tem milho assado para todos os gostos!Comida Honesta (e Desonesta)http://www.blogger.com/profile/02740413442370545167noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-24463266.post-1158169448461885672006-09-13T13:17:00.000-04:002006-11-22T12:52:10.770-04:00Super honestosTrês super dicas de comida pra lá de honesta:<br /><br /><span style="font-size:130%;color:#ff6600;"><strong>1- Club da Cana<br /></strong></span>Rua Barão de Tatuí, 274 – Santa Cecília<br />www.clubdacana.com.br<br /><br />O chamariz da casa são as cachaças, opções para todos os gostos. Vende a dose, garrafa e garrafinha com uma dose para coleção.<br /><br />Comida brasileira da boa, porções generosas (dividimos uma feijoada individual super na boa), a cada dia um prato brasileiro diferente:<br /><br />Segunda – tutu à mineira<br />Terça – cozido<br />Quarta e sábado– feijoada<br />Quinta – rabada<br />Sexta – moqueca<br /><br />Preço fixo: R$ 17,90, exceção para a moqueca que custa R$ 19,90<br /><br /><span style="font-size:130%;color:#ff6600;"><strong>2- Rota do Acarajé</strong></span><br />Rua Martin Francisco, 529 – Santa Cecília<br /><a href="http://www.rotadoacaraje.com.br/">http://www.rotadoacaraje.com.br/</a><br /><br />Uma comida baiana danada de boa. Cardápio extenso com todas as iguarias da terra de Caymi, quando fui fiz a festa. Experimentei o baião de dois (perfeito), a moqueca de camarão (camarão no ponto, nada borrachudo), a porção de mini acarajés (dá água na boca só de lembrar), o suco de cajá, bolo de macaxeira, pudim de coco, tapioca com doce de coco e sorvete... difícil falar o que foi melhor...<br /><br />Tudo é feito na hora, enquanto espera (demora um bocadim) a gente toma uma cervejinha, fala da vida alheia, assunta o movimento... deixa a baianidade invadir a alma e colorir São Paulo!<br /><br />Preço super camarada, honesto de verdade!<br /><br /><strong><span style="font-size:130%;color:#ff6600;">3- Casa Portuguesa</span></strong><br />Rua Cunha Gago, 656 - Pinheiros<br /><br />Para os amantes de bacalhau, um achado: pratos de bacalhau por R$ 12,70. A cada dia duas opções: caldeirada de bacalhau, gomes de sá, com natas, ao forno... No local funciona também um empório de produtos portugueses.<br /><br />Bolinho de bacalhau de entrada, doces portugueses de saída, precisa mais?Comida Honesta (e Desonesta)http://www.blogger.com/profile/02740413442370545167noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-24463266.post-1156081560865047212006-08-20T09:44:00.000-04:002006-08-20T09:46:00.876-04:00Bolo da BroméliaBOLO DE MEL ou...o bolo das xícaras<br /><br />Receita achada no livro de Maria Elisa, minha mãe<br /><br />Cinco ovos<br />3 xícaras de farinha<br />2 xícaras de açúcar<br />1 xícara de mel<br />1 xícara de leite<br />1 colher de chá de canela<br />1 pitada de sal<br />1 colher das de sopa de fermento em pó.<br /><br />Bater tudo, colocar em forma untada. Eu uso, de um jogo de 3 formas para pão, retangulares, a grande e a média. Costumo colocar amêndoas fatiadas ou caju picado. É só! É um bolo que deve ficar um pouco úmido. Assim, se as laterais já estiverem cozidas – teste do palito – bolo estará pronto.<br /><br />Minha mãe não fazia isso: eu corto o bolo no meio, pela horizontal, e coloco geléia de damasco.Comida Honesta (e Desonesta)http://www.blogger.com/profile/02740413442370545167noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-24463266.post-1156081321716977242006-08-20T09:41:00.000-04:002006-08-21T11:33:49.590-04:00Corra Lola, corra.Fomos ao Lola Bistrô na Vila Madalena; há muito queríamos conhecer, é lindo, super de bom gosto sob o aspecto decoração... agora a comida, que é o que realmente importa... não têm nem de longe o mesmo cuidado que com o ambiente.<br /><br />Era sábado, quando chegamos havia algumas mesas vazias (ou seja não estava lotado). Ao pedir pratos consultamos sobre a possibilidade de mudar o acompanhamento de um deles, o que foi aceito pela cozinha. A hostess informou que iria demorar um pouco.<br /><br />Passou mais de uma hora, reclamamos. Mais uns 10 minutos e chegam os pratos. Para nossa surpresa a troca de acompanhamento que havíamos solicitado não foi feita. Volta pra cozinha apenas o prato errado, ou seja, comemos nossos pratos e quem pediu o trocado ficou esperando o seu. Terminamos nossos pratos e nada de chegar o outro prato...<br /><br />Se tudo se resumisse a este problema, ok, pouca eficiência, mas erros acontecem. O grave foi que a comida deixou muito a desejar: o poivre estava apenas razoável, era acompanhado por um roësti enorme de mandioquinha salsa, o filé mesmo era minúsculo, um mini medalhão de, no máximo, 1/3 do roësti...<br /><br />O ragu de coelho estava péssimo, seco, sem gosto, parecia peito de frango... e no fundo parecia haver um certo gosto de caldo knorr, inadmissível numa cozinha profissional.<br /><br />O prato atrasado (um confit de pato com risoto) era o único que estava bom, mas chegou uns 20 minutos depois dos outros pratos, ou seja, quem o pediu comeu sozinho.<br /><br />Prá completar a história, não precisamos falar nada sobre o preço, né?<br /><br />Sinceramente, achamos o bistrozinho rodriguiano: bonitinho, mas...Comida Honesta (e Desonesta)http://www.blogger.com/profile/02740413442370545167noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-24463266.post-1155911493243636922006-08-18T10:29:00.000-04:002006-08-18T10:31:33.246-04:00Pequeno dicionário japaPara não fazer feio no restaurante japa, segue um pequeno dicionário retirado do Guia dos Curiosos:<br /><br /><span style="font-size:130%;"><strong>Cozinha japonesa</strong></span><br /><br />Gohan - arroz branco<br />Gyoza - trouxinha, recheado de carne e verdura<br />Hosomaki - enrolado de arroz envolvido por alga e recheado com diferentes tipos de ingredientes<br />Mirin - vinho de arroz doce<br />Misso Shiru -sopa à base de soja com queijo tofu, broto de feijão e cebolinha<br />Ohashi - palitinho usado como talher<br />Robata - espetinhos assados feitos com ingredientes diversos<br />Saquê - bebida alcoólica feita com arroz<br />Sashimi - peixe cru<br />Shabu-shabu - caldo com fatias de carne e vegetais<br />Shiitake - tipo de cogumelo grande<br />Shimeji - tipo de cogumelo menor<br />Shoyu - molho de soja<br />Sukiyaki - assado ou cozido com carnes e legumes<br />Sunomono - conservas com vinagre agridoce<br />Sushi - bolinho de arroz<br />Temaki - sushi enrolado em forma de cone<br />Tempurá - empanadas de legumes e frutos do mar<br />Teppan yaki - assado ou grelhado na chapa com ingredientes diversos<br />Teriyaki - carne ou peixe grelhado com molho agridoce<br />Tofu - queijo de soja<br />Udon - macarrão grosso e esbranquiçado, servido com ingredientes diversos<br />Uramaki - sushi cujo arroz fica para o lado de fora<br />Wasabi - raiz-forte<br />Yakisakana - peixe grelhado em posta<br />Yakisoba - macarrão frito com legumes<br />Yakitori - robata feita com frangoComida Honesta (e Desonesta)http://www.blogger.com/profile/02740413442370545167noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-24463266.post-1155911262446975892006-08-18T10:25:00.000-04:002006-08-18T10:27:42.460-04:00PF Japonês<a href="http://photos1.blogger.com/blogger/4707/2536/1600/teishoku.jpg"><img style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/4707/2536/400/teishoku.jpg" border="0" /></a><br /><br />Continuando na onda da comida japonesa (que amamos), a dica agora são os Teishoku, que nada mais são que PFs japoneses.<br /><br />Explico: o teishoku é uma refeição completa japonesa, a gente escolhe um prato principal, que pode ser um sashimi, sushi, yaksakana, yakisoba, enfim... vem o prato principal acompanhado de diversas cumbuquinhas com acompanhamentos variados: um bocadinho de tofu, uma berinjela marinada, refogadinho de nirá, missoshiro, um empanadinho e uma vasilha grande de gohan (arroz)... a refeição vira uma festa, a gente come com a boca e com os olhos!<br /><br />E o melhor da história: em geral é uma opção barata, principalmente se escolhemos a promoção do dia.<br /><br />Para experimentar um teishoku bacana vale a dica: <strong>Sushi Issao</strong> na Liberdade, fica na Rua da Glória, 103/111, é um predinho que tem apenas restaurantes japoneses, o teishoku do Issao custa R$ 19,00 e dá pra dividir com alguém. Almoço bom, divertido e barato!Comida Honesta (e Desonesta)http://www.blogger.com/profile/02740413442370545167noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-24463266.post-1152454611910645182006-07-09T10:12:00.000-04:002006-07-09T10:16:51.910-04:00Cerejeiras<a href="http://photos1.blogger.com/blogger/4707/2536/1600/cherry_kenwood_4.jpg"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/4707/2536/400/cherry_kenwood_4.jpg" border="0" /></a>Comida Honesta (e Desonesta)http://www.blogger.com/profile/02740413442370545167noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-24463266.post-1152454324415537322006-07-09T10:04:00.000-04:002006-07-09T10:22:13.226-04:00Marys, Koyamas, cerejeiras, obento e... línguas!Estava lendo agora o artigo mensal da Mary Hirata na revista da folha, ela falava do Obento, que quer dizer marmita, e que é uma verdadeira tradição no Japão. Começa ainda na infância, quando as crianças levam o seu para a escola, e assim além de comerem uma refeição balanceada, matam a saudade de casa na hora do almoço em companhia dos colegas de escola... comida de alma, como diria Nina Horta!<br /><br />Além do Obento que cada um traz de casa, Mary conta que existe uma grande competição entre as estações de trem das províncias japonesas de qual seria o melhor Obento. Cada estação traz a especialidade da região, continua ela, os sushis de cavalinhas de Kyoto, o arroz com siri desfiado de Niigatae... a língua de boi grelhada no carvão de Sendai... ou seria São José dos Campos? Explico: Em São José tem um restaurante japonês que vale a pena, ou melhor, vale mais que a pena, típica comida de alma japonesa...<br /><br />A história é a seguinte: o Sr. Koyama, chegou ao Brasil há mais ou menos trinta anos para trabalhar na Panasonic, em São José dos Campos... A delicadeza e educação em pessoa... seu hobby, cozinhar, seu sonho, abrir um restaurante... Porém, sua esposa nunca topou a empreitada, não tinha a mesma alma cozinheira (embora hoje toque um dos restaurantes) e sabia que a trabalheira iria acabar ficando para ela, uma vez que o Sr. Koyama ainda trabalhava na Panasonic... Veio a aposentadoria e os filhos intercederam junto à mãe, tamanha paixão do pai pela gastronomia... resolveram abrir um restaurante pequeno, o Yamabuki. O sucesso foi tanto que abriram franquias nos dois shoppings da cidade, bem diferentes do original, mas mesmo assim bons, dos poucos fast food japoneses que são de fato de qualidade...<br /><br />Mas voltando ao Yamabuki original, é lá que o Sr. Koyama faz arte. Sem exageros, é um dos melhores restaurantes japoneses que já experimentamos, comida delicada, cuidadosa, artística, sobretudo honesta... É o único japonês em que vamos para pedir Yakissoba, e não é qualquer yakissoba, a massa é caseira, fresca, não está boiando em molho, inchada, molenga... é sequinho, os legumes crocantes, carne de vaca, porco e camarão, tudo misturado, gengibre curtido por cima, delicioso... domburi de frutos do mar... sensacionais... Fora as coisinhas especiais que o Sr. Koyama nos oferece para provar. Certa vez me ofereceu um marisco curtido no shoyo e algo doce (parecia mel) que não tenho palavras para descrever, de tão bom...<br /><br />A essa altura vocês devem estar se perguntando: Mas o que tem a ver o Obento da Mary com o Sr. Koyama, fora o fato de estarem inseridos no mesmo universo da comida japonesa? É que um dos pratos típicos do Yamabuki, e que só encontramos lá, em nenhum outro japonês, é o Yaki (espetinho) de língua! Sem querer descobri hoje que é típico de Sendai... que deve ser a província do Sr. Koyama (perguntaremos a ele na próxima ida ao Yamabuki). De qualquer forma, vale tomar um ônibus e até um avião para experimentar a iguaria, deliciosa, nossa pedida sempre que vamos ao Yamabuki, imperdível!!!<br /><br />Continuando com Mary, ela diz que agora no Japão estão em plena época das cerejeiras em flor, verdadeira festa nacional. É uma tradição nesta época comer um Obento sob uma cerejeira... um verdadeiro empurra empurra pra arrumar um lugar bacana em um jardim público para desfrutar com amigos e familiares a comida sob flores... O Hanami (observação das cerejeiras) é tão festajado no Japão como o carnaval no Brasil, continua ela...<br /><br />Essa conversa toda me deu a maior fome... na falta de cerejeiras, os ipês estão floridos... Vou resgatar meu exemplar de "O Jardim das Cerejeiras", preparar meu Obento e sair em busca de um deles prá sentar embaixo...<br /><br />Quer conhecer o Yamabuki? Fica na Praça São Dimas, em São José dos Campos. Passando por lá, saudações ao Sr. Koyama!!!Comida Honesta (e Desonesta)http://www.blogger.com/profile/02740413442370545167noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-24463266.post-1151350282925669302006-06-26T15:29:00.000-04:002006-06-26T15:31:22.946-04:00DELICADEZA<strong>Reflexões sobre o Belém</strong><br /><br /><div align="right">Tatiana Belo Djrdjrjan</div><br />Senti o teu cheiro fresco ao andar nas tuas ruas entre cabisbaixa e altiva, aflita para não perder nenhuma das tuas indeterminadas quadraturas. Isso me preencheu de forma tão repleta que ainda não sei se me perdi para sempre ou se foi apenas um simples alerta. Reconheci nas tuas esquinas as mesmas quinas da minha memória universitária quando em ti estive exatos treze anos atrás, lembrança perdida e embaçada em meio a minha vontade libertária de compreender a tua história e o teu legado, ainda sem muita memória no meu passado.<br /><br />A viagem para em ti chegar desta vez foi diferente. Ao invés das 44 horas por terra, foram apenas quatro nas asas do avião dormente. A rapidez de riscar o céu e adentrar sem aviso no norte me mostrou que em ti estar novamente - sem nenhuma programação - é mesmo pura sorte.<br /><br />Na madrugada silenciosa, percorri suas ruas para encontrar abrigo. Imediatamente reconheci o teu aconchego, meu já eterno conhecido. A primeira noite foi de descanso manso a trazer para a memória todas as iguarias, festas e danças que me alegraram quando da primeira vez invadi o teu cenário.<br /><br />Ao avistar a terra que te cerca no cais das docas, espaço da cultura e da arte, senti a tua inocência meio torta. Assim como as plantas de mandingas espalhadas pelas tuas ruas com nomes que indicam a atração que vigora nua. Chega-te a mim, vai-e-volta, carrapatinho, chora no meu pé e a que achei mais meiga e sincera, faz querer que não me quer, me mostraram como a selva está em ti presente, em cada esquina, cada rua, apenas com as plantas que dão o verde do seu ser sem estar aparente.<br /><br />Há um certo frescor que guia o desejo do odor e das cores que os teus temperos anunciam. Quase como uma lembrança não vivida das recordações das especiarias das Índias, memória inexistente que me cativa como uma carícia e que me prende sem saída à minha imaginação sempre furtiva.<br /><br />A chuva a cair, vez ou outra, mostrou a quentura do teu inverno. O céu sereno e límpido entre o escuro e o aflito precipitou suas lágrimas quando o teu calor o cercou, num ritual sem nenhum grito. Leve e sincera, inoperante e eterna a abraçar longamente meu corpo com o vento que não parou de soprar apesar do calor em nada aliviar.<br /><br />No final do primeiro dia, a ânsia de te reencontrar me fez andar a esmo, sem indicações ou conselhos, ficando apenas com o meu olhar, preso entre os meus eternos tropeços. Avistei onde o baixo ventre em ti mora. Vielas quase desertas perto do cais com apenas algumas mulheres nas portas entreabertas, quase todas a escapar uma música estridente e indiscreta.Percebi que este lugar é parecido em todas as cidades, têm o ar do profano a lembrar o prazer instantâneo quando na verdade mostram apenas desejos perdidos e aflitos entre a lassidão do olhar e o beijo para sempre proibido. <br /><br />Pude perceber que o descanso é em ti tão festejado e cultuado que as redes aqui possuem seu próprio supermercado. Redes que balançam as vontades daqueles que nos barcos se demoram nos afazeres sem nem mesmo saberem muito bem os seus próprios quereres.<br /><br />No segundo dia, a chuva apareceu menos e talvez por isso o calor foi mais forte. A leitura do livro que me cativou me fez perceber o quanto a estada em ti é sempre forte. Da primeira vez, conheci animais, rios e desejos intermitentes e desta reconheci em ti o que estava todo o tempo à minha frente. O meu desejo irrealizado de perceber a tua delicadeza como marca indelével de cidade só foi perceptível quando em ti reencontrei a felicidade. Esta é a sua marca quase inaparente. A delicadeza de transformar as vontades e os quereres dos que em ti chegam naquilo que para sempre foram os seus desejos uniformes e ainda inaparentes.<br /><br />A noite do segundo dia ainda não saiu de dentro de mim. Não a compreendi muito bem e por isso mesmo a guardei entre os recantos escondidos do meu coração como um tesouro encontrado e ainda não aberto. Percorri o caminho do cais até a berço do teu nascimento. Reconheci o modelo do forte a esperar a tua defesa, sempre contando com a própria sorte. O que realmente me causou encantamento foi avistar as onze janelas da casa perdida entre teus tormentos. Iluminada e perdida na tua sincera e pálida aquarela daquele momento. Adentrei nas suas paredes de história e inaugurei a alegria de avistar a tua baía sem nenhum corte, entre a iluminação perfeita e o borbulhar das águas sagradas. Foi como mergulhar sem salva vidas num mar de almas. <br /><br />Ainda não me recuperei do afogamento. Sinto-me nadando eternamente naquelas águas e o que me prende é exatamente a tua delicadeza que me afaga sem nenhum lamento. Mesmo tendo entrando novamente no avião dormente. Mesmo tendo regressado para a minha terra com ares de ausente. Sinto o meu corpo se debater naquela baía. Sem corte ou morte anunciada. Apenas com a tua delicada delicadeza a me mostrar como morada. Belém, tu és como um amor para sempre perdido e encantado. Enamorado e incompleto. Guardado e secreto. Delicado e indiscreto. A insinuar no meu coração a dança do encontro eterno. Do que só reaparece a toda hora exatamente por parecer para sempre perdido, escondido nas entranhas dos meus desejos, para ti, sempre furtivos.Comida Honesta (e Desonesta)http://www.blogger.com/profile/02740413442370545167noreply@blogger.com2